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OPINIÃO: Não acredite em pesquisa eleitoral

Os institutos de pesquisas estão perdidos, confusos e sem saber interpretar o pensamento dos eleitores. Usando um ditado gaúcho "estão mais perdidos que cusco em procissão". Nas últimas eleições, as pesquisas foram indutoras de votos e não fotos dos momentos. Com todo o tempo que temos até as eleições, não tem como comprovar se as pesquisas estão certas ou erradas. Pela experiência que tenho, posso afirmar que os números de hoje não fecham: as preferências de voto não fecham com o índice de rejeição. Tem candidatos com 40% de preferência e 80% rejeição, ultrapassam em muito o 100%, consequentemente, as pesquisas não têm coerência.

Pesquisa é um instrumento gerencial, sério e técnico, quando bem executada, e que pode orientar a campanha eleitoral, pode demonstrar tendências, mudar orientações e caminhos para chegar a resultados que serão avaliados nas urnas. Muitos candidatos começam a campanha com um tipo de discurso e mudam durante a campanha por não estarem atingindo os objetivos, ou seja, sensibilizando os eleitores. Há, nesta eleição, uma mudança muito importante que não está sendo levada em conta. A declaração do politicamente correto não está impedindo os eleitores de tomarem decisões, não estão importando os estereótipos, mas, sim, os discursos voltados para resultados. Acusações de ser de direita ou esquerda não impedem votos. Hoje a grande preocupação é a geração de empregos.

Quem não basear sua plataforma nesse tema vai perder votos. Os eleitores não querem mais discursos, e sim propostas viáveis de solução. Nunca tivemos uma eleição com tanto acesso a informação como esta. As mídias sociais serão as grandes indutoras de votos, e não as pesquisas ou propaganda na televisão, como nas eleições passadas. Estão surgindo, nas mídias sociais, grupos que estão se unindo em torno de ideias semelhantes, que precisam ser pesquisadas e quantificadas.

Os institutos continuam fazendo suas amostragens de forma tradicional e ultrapassadas para uma nova realidade. Vivemos um mundo de mudanças rápidas e inesperadas. Como entender essas novas tendências? Quando sabíamos todas as respostas, mudaram as perguntas e ficamos andando sem rumo. Precisamos fazer novas perguntas, que, amanhã, já serão velhas. O mundo vive uma constante evolução, e precisamos continuar aprendendo continuamente para sobreviver. Na pesquisa, acontece o mesmo. Ou ela evolui ou fica defasada. Por isso, posso afirmar que as pesquisas, de agora, não são exatas e estão muito longe dos eleitores. Esperem e verão.

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